Entram em vigor no próximo dia 1º de junho, as normas técnicas para a produção integrada da borracha natural, publicadas na Instrução Normativa nº 6, de 26 de abril de 2021. Esta é uma excelente notícia para o nosso setor, uma vez que a produção integrada permite maior competitividade internacional ao produtor de borracha natural.
Fernando Guerra, diretor de Comunicação da APABOR e diretor executivo da ABRABOR, teve atuação fundamental na implementação da normativa. “Meu papel foi captar a demanda do mercado e avaliar os ganhos junto com os produtores. Feito isto buscamos dentre as certificações disponíveis no mercado aquela que melhor atendesse o nosso setor. Chegamos, assim, na Produção Integrada do Ministério da Agricultura”, destaca.
A Produção Integrada é baseada em boas práticas agrícolas que respeitem a técnica agronômica e o cumprimento da legislação vigente, visando obtenção de uma produção mais eficiente gerando ganhos de competitividade, qualidade e sustentabilidade. A PI começou no Brasil em 2001 com o Marco Legal da Produção Integrada de Frutas (PIF). Atualmente, vale para todas as cadeias do agronegócio. Segundo Guerra, esse sistema favorece o uso de recursos naturais e a otimização dos insumos, garantindo uma produção agrícola sustentável, economicamente viável e socialmente justa, além de permitir a rastreabilidade do produto. “Não basta dizer que a heveicultura brasileira é diferente, precisamos praticar, registrar e certificar. A Produção Integrada é um processo oficial do governo brasileiro, auditado por terceira parte certificada pelo INMETRO o que garante a lisura do processo e certifica este produto para o consumidor que por sua vez poderá buscar uma mais valia para o produto final e, consequentemente, gerar recursos para irrigar a cadeia produtiva”, explica Guerra.
Segundo o diretor executivo da APABOR, Diogo Esperante: "além de uma urgência para a humanidade a demanda por sustentabilidade é uma tendência crescente na cadeia produtiva da borracha natural. Dentre nossos principais clientes, a indústria pneumática deu nos últimos anos claros sinais de que tem, em seus planos estratégicos, a sustentabilidade de suas matérias primas como prioridade. É uma ferramenta que, certamente, colabora para a rastreabilidade e qualificação do produto brasileiro que já é reconhecido mundialmente por sua alta qualidade técnica e que agora poderá ser também referência no quesito ambiental e social”.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento / Governo do Brasil www.gov.br