Uma história bastante inusitada ganhou os jornais do Brasil todo: um seringueiro vive isolado da sociedade, no Acre, há 25 anos.
Gildo da Silva Conceição, de 54 anos, teve sua existência descoberta apenas porque o Centro Integrado de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer) fazia levantamentos na área.
O seringueiro mora sozinho dentro do Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório (Cferg), em uma clareira aberta no meio da floresta, de aproximadamente 3 hectares, localizada entre os municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
No local, onde fica apenas a casa de Gildo e uma casa de seringa, não há energia elétrica e nem água encanada. Quando precisa chegar à cidade de Tarauacá, o extrativista caminha por três dias dentro da mata antes de conseguir um transporte na rodovia.
Gildo sobrevive dos seringais. Uma vez por ano vende a sua produção para comprar comida.
Mesmo isolado, em uma de suas visitas à cidade para comprar mantimentos, foi infectado pelo coronavírus. A equipe do governo, quando fez o primeiro contato com o seringueiro, encontrou-o doente, com sintomas da Covid-19.
No dia seguinte, Gildo foi levado ao hospital e ficou internado por quatro dias. Ele se recupera bem, e está em casa.